Angola_- O presidenteAONDE ESTÃO AS OSSADAS DO 27 DE MAIO DE 1977PAPAYA José Eduardo dos Santos tem a obrigação de pedir perdão as famílias que no dia 27 de Maio de 1977 perderam os seus filhos por causa de disputas de cargos de chefia.
Passados 36 anos depois desta chacina do 27 de Maio o então ministro do plano José Eduardo dos Santos deveria vir a público calmar os espíritos daqueles que viram os seus parentes a partirem para outro mundo sem culpa formal e sem terem de enfrentar a justiça para explicarem as suas inocências.
A mesma maneira como os assassinos se encontram em vida e a diambularem pelo país inteiro muitos destes com cargos de relevo no aparelho do estado alguns nos ramos de justiça o que não nos importa mencionar nomes então JES tem o dever e a obrigação de vir a público com muita determinação para desculpar o povo angolano.
Não faz sentido a pois 36 anos continuarmos com um golpe fantasma que nunca existiu provocando mais feridas nos coração daquele que viu o seu irmão a voltar da frente de combate alegando a busca de orientações superiores afinal de contas para ser executado e sem merecer um funeral condigno e a família passar a visitar o túmulo do seu ante-querido.
Em gesto de reconciliação entre angolanos filhos da mesma pátria é necessário e urgente que indivíduos que estiveram envolvidos nas matanças venham a público pedir perdão as famílias que ainda esperam pelos funerais condignos das ossadas dos parentes mortos injustamente.
O 27 de Maio marcou bastante as vidas de muitos angolanos porque muitos destes serviram a causa de Agostinho Neto e do MPLA e por ultimo dizimados injustamente porque havia interesses vários e por incapacidade de resolver os problemas inventou-se um golpe de estado fantasma que até aos nossos dias nunca foi justificado e que só escaparam a morte mulheres que forçosamente envolveram-se sexualmente com os homens que se dedicavam a matanças.
Mas também os fieis de Agostinho Neto arrastaram um ódio de quem tivesse concluído a quarta classe colonial que para os fieis de Neto que defendiam o golpe, todos os indivíduos que tinham uma classe que lhes permitisse ler e compreender os fenómenos eram suspeitos de um dia virem tomar o poder que estava nas mãos de Agostinho Neto e como é a prática nos nossos dias de hoje.
José Eduardo dos Santos tem grande responsabilidade por quanto na altura das desconfianças inventadas ele foi o responsável pela comissão de inquérito que sem ter apurado o suposto grupo que era desconfiado como golpista permitiu que mais de 85000 pessoas perdessem as suas vidas sem julgamento e nenhuma culpa formal. Então quem nos vai mostrar as ossadas dos nossos compatriotas se o responsável está ali próximo no palácio?
Muitas pessoas foram atiradas nas valas da tourada e noutras partes da cidade capital, no Lubango na Tundavala, no Huambo e outras províncias as pessoas foram atiradas nos rios, algumas queimadas nos contentores e não só, e até hoje ninguém consegue enterrar essas ossadas porque ninguém tem a humildade de mostrar aonde foram atiradas as pessoas.
Dentro dos angolanos paira uma pergunta se o objectivo era matar Nito Alves que pensava diferente defendendo o angolano ou então o objectivo foi de matar os autóctones e acomodar os estrangeiros a volta de Agostinho Neto a companhia Lúcio Lara e amigos.
Mas houve uma iniciativa inédita de Irene Neto filha de Agostinho Neto o autor das matanças, Irene Neto hoje deputada assembleia nacional teve a ideia de criar uma comissão da verdade que deveria levar as pessoas a sarar as dores dos corações embora não vistos os esqueletos dos seus parentes. Mas de lá para cá nunca mais se ouviu a falar desta comissão.
Talvez não deveria ser a Irene Neto embora filha do então presidente na altura dos massacres mas sim José Eduardo dos Santos um dos grandes responsáveis durante o consolado do pai da Irene Neto que na altura talvez a idade não lhe permitia ver o que o pai estava a protagonizar.
Vir a público desculpar seria a melhor humildade para evitar o ódio até porque este ódio pode se transportar de geração a geração conforme nos ensinam as sagradas escrituras. Não adianta nos fecharmos nos palácios ou nas nossas cubatas porque os crimes depois nos vão cobrar o perdão.
Então se fomos todos da mesma família( MPLA) para que não o perdão ate para servir de começo de uma outra etapa de Angola e começar a verdadeira reconciliação até com irmãos que noutro hora foram de uma outra barricada?
Não se pode reconciliar Angola se os que mataram irmãos do mesmo partido e muito destes tirados das frentes de combate e estes actores criminais não ganharem a coragem de dar o primeiro passo para terminar com a reconciliando-se com os irmãos desavindos a várias décadas para uma Angola melhor .

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